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sábado, 18 de dezembro de 2010

Prevenção do Câncer de mama.

Veja nesse video a Prevenção do Câncer de mama.

Objetivos

* Tipos de prevenção
* Prevenção primaria
Indentificação das pacientes de alto risco
Modalidade de prevenção primaria
Mudança no estilo de vida
Quimioprevenção
Mastectomia Profilática
Ooforectomia
* Prevenção secundária

* Conclusões.

Parte 01


Parte 02


Parte 03


Cuide sempre de sua Saúde, procure um médico para fazer exames relacionados ao Câncer de Mama.

Câncer de Mama em Homens

O Câncer de Mama em homens e uma neoplastia maligna pouco estuda, porém quando diagnosticada causa impacto sobre o paciente devido ao preconceito e falta de informação.
O Câncer de Mama atinge 1 homem em cada 100 mulheres.
Nos homens o tumor pode ser percebido pelo próprio paciente ou sua parceira, juntos com aparecimento de nódulos, é comum haver queixas de descargas mamilares, e sinais de disseminação local como retração do mamilo ulcerações.

Fatores de risco em homens:
Nos homens, esta associado à má qualidade de vida, histórico familiar, surgimento de alguma tumoração pré-maligna no passado, excesso de peso e dieta rica em gordura.

Principais Sintomas do Câncer de Mama em Homens:
Aparecimento de nódulos indolor na região da auréola, onde o tecido mamário se encontra podendo provocar coceira e irritação.

Tratamento:
Semelhante aos das mulheres de acordo com o estagio da neoplasia, podem ser sugeridas a hormonioterapia aditiva, quimioterapia, radioterapia e em ultimo caso a mastectomia.

Câncer de Mama Feminino

Quando o assunto é Câncer de mama, a prevenção se torna sua principal arma.
Muitas mulheres já deram seu depoimento dizendo que o ato de prevenir diminui consideravelmente as chances da doença se desenvolver no organismo e consequentemente de haver a necessidade de alguma cirurgia de remoção do orgão.
Nas mulheres pode ser genéticas ou seja histórico familiar ou ambientais como hábitos ou costumes próprios.
Nas mulheres ele e raro aos 35 anos de idade, mas acima da faixa etária sua incidência cresce rapidamente.
E o principal e mais temido pelas mulheres, devido a sua alta frequência e sobre tudo pelos efeitos psicológicos que afetam a percepção e sexualidade e a própria imagem.

Fatores de risco nas mulheres:Menarca precoce, Menopausa tardia, primeira gravidez ao 30 anos e a nuliparidade, bebida alcoólica e exposição à radiação ionizaste em idade inferior a 35 anos.

sábado, 9 de outubro de 2010

Sistema Nervoso

À medida que a vida na Terra evoluiu e que o ambiente se tornou mais complexo, a sobrevivência dos animais passou a depender cada vez mais da forma como eles podiam responder às mudanças do meio ambiente. Uma vez que a comunicação entre as células por meios químicos era muito lenta, surgiu um sistema capaz de fornecer respostas mais rápidas: o sistema nervoso, que transmite impulsos elétricos quase instantaneamente, de uma região do corpo a outra, através de células nervosas especializadas.
Sistema nervoso é a unidade fisiológica animal, formada por um conjunto de células especializadas denominadas neurônios, que se encarrega das funções de coordenação do organismo e de sua relação com o meio externo e com todos os elementos anatômicos que o integram.

Anatomia e Função dos Nervos

A unidade funcional básica do sistema nervoso é o neurônio. Seu papel na transmissão de impulsos pôde ser estabelecido a partir dos estudos do pesquisador espanhol Santiago Ramón y Cajal e, posteriormente, do alemão Heinrich Wilhelm von Waldeyer, responsável por sua denominação. Esses dois cientistas, que se opunham aos que defendiam a teoria da estrutura fibrilar difusa, conseguiram demonstrar que o sistema nervoso consta de células nas quais se diferenciam um corpo celular, ou soma, um eixo de transmissão de impulsos nervosos, denominado axônio ou cilindro-eixo, e uma série de prolongamentos ramificados, ou dendritos. A transmissão de impulsos ocorre em regiões de interferência, denominadas sinapses.
Além dos neurônios, existem no sistema nervoso células que formam o tecido de sustentação e nutrição do sistema: a neuroglia. Foram descritos três grupos principais de células neurogliais: (1) os astrócitos, com participação na transmissão sináptica; (2) os oligodendrócitos, com função de proteção e isolamento do neurônio; e (3) as células da microglia, pequenas e fagocitárias.
Quanto à fisiologia do sistema nervoso, seus componentes apresentam diferentes funções de regulação e controle. Na medula espinhal são exercidas ações condutoras ou motoras e funções reflexas, como as da postura e da locomoção. O bulbo raquidiano intervém no controle das funções cardíaca e respiratória, entre outras, e o cerebelo no controle do equilíbrio e do tono muscular, bem como na coordenação de movimentos. O cérebro é o centro em que se combinam e integram todos os processos sensíveis e motores, emocionais e intelectuais.
Os impulsos nervosos podem ser voluntários ou reflexos, segundo alcancem ou não o córtex cerebral. Também se distinguem transmissões sensitivas, que ocorrem dos nervos para os centros superiores, e motoras, quando a direção do impulso é inversa. O impulso nervoso (de natureza eletroquímica) tem sua velocidade ou intensidade aumentada por substâncias neurotransmissoras, como a acetilcolina e a adrenalina, de singular importância para a o estudo das doenças do sistema nervoso.

Sistema Autônomo ou Vegetativo

A regulação das funções dos órgãos internos, de forma involuntária e autônoma, é executada pelo sistema nervoso vegetativo, unidade fisiológica integrada por dois sistemas diferenciados, o simpático e o parassimpático, com atividades opostas. A motilidade intestinal, por exemplo, é estimulada por um nervo do sistema simpático e inibida por outro do sistema parassimpático. As unidades funcionais do sistema vegetativo são as fibras e os gânglios.
O sistema simpático é integrado por uma dupla cadeia de gânglios dispostos em ambos os lados da coluna vertebral. A condução dos impulsos nervosos às vísceras é feita por dois neurônios: o pré-ganglionar parte da medula e forma no gânglio uma sinapse com o neurônio pós-ganglionar, que prossegue para enervar um órgão periférico. O segundo componente do sistema nervoso autônomo é o parassimpático, formado pelas fibras nervosas autônomas que emergem do sistema nervoso pelos nervos cranianos e pelos segmentos sacrais. Embora seus componentes obedeçam ao padrão geral da via efetora autônoma formada de dois neurônios, o parassimpático se caracteriza por ter o gânglio muito próximo da víscera que enerva.

Sistema Cérebro - Espinhal do Ser Humano

No homem, a estrutura dos nervos é diferenciada em duas áreas. Uma delas corresponde ao sistema nervoso central, constituído pelo encéfalo e a medula espinhal, que se aloja no conduto crânio-raquidiano, protegido pelas meninges e pelas vértebras. A outra forma o sistema nervoso periférico, que consta de um conjunto de nervos distribuídos por todo o organismo. Parte do sistema periférico integra o sistema nervoso autônomo, ou vegetativo, que regula o funcionamento das vísceras e glândulas.
No sistema nervoso central, o encéfalo humano mantém a tripla divisão em prosencéfalo, mesencéfalo e rombencéfalo, característica da evolução embrionária dos vertebrados, embora organicamente se estabeleça preferencialmente a distinção entre cérebro, cerebelo, ponte de Varólio (ou protuberância), pedúnculos cerebrais e bulbo raquidiano (ou medula oblonga). O cérebro é o elemento principal, para o qual são dirigidos os impulsos recebidos pelo sistema nervoso. Seu peso médio, quando atingido o desenvolvimento máximo, é de 1.400g nos homens e 1.260g nas mulheres. Na morfologia cerebral distingue-se uma primeira separação em dois grandes hemisférios cortados por uma linha profunda, a fissura sagital. Na superfície de cada um desses hemisférios existem dois outros cortes, a fissura de Sylvius, ou sulco lateral, e a de Rolando, ou sulco central. Ficam assim delimitados quatro lobos em cada bissecção: frontal, parietal, temporal e occipital.
A cavidade interna do cérebro é irrigada pelo líquido cefalorraquidiano, que flui também na medula espinhal e constitui um elemento de extrema importância no diagnóstico de muitas doenças e alterações metabólicas. De dentro para fora, distinguem-se a substância branca, formada por neurônios (células nervosas) recobertos de mielina, material lipoprotéico que envolve as fibras e aumenta a velocidade de transmissão dos impulsos nervosos; e a substância cinzenta, que forma o envoltório ou córtex cerebral. A massa cerebral é recoberta por três membranas de proteção, as meninges, que separam o córtex dos ossos cranianos. São elas a pia-máter (mais interna), aracnóide (intermediária) e dura-máter (mais externa).
Na região póstero-inferior do cérebro, situa-se o cerebelo, órgão responsável pela coordenação motora formado por uma parte mediana, o verme, e dois lobos ou hemisférios. A ponte de Varólio, também denominada protuberância anular, liga o cérebro, o cerebelo e o bulbo, e está situada na parte inferior do encéfalo. Compõe-se de diferentes planos de fibras nervosas longitudinais e transversais. O bulbo faz a transição entre o encéfalo e a medula. Nele se entrecruzam as fibras nervosas que atingirão o cérebro, razão pela qual as funções reguladoras do lado direito do corpo são controladas pelo lobo cerebral esquerdo, e as correspondentes ao lado esquerdo, pelo lobo direito.
Do bulbo nasce a medula espinhal ou raquidiana, cordão nervoso cilíndrico que se prolonga pelo interior da coluna vertebral até o extremo do osso sacro. O cordão medular consta de um núcleo central de substância cinzenta, com característica disposição em forma de X, envolto numa massa cilíndrica de substância branca. A substância cinzenta se ramifica a partir da medula para formar as raízes dos nervos raquidianos. Ao longo de toda a sua extensão, a medula raquidiana é protegida externamente, como o encéfalo, pelas três meninges e, em seu canal interno, por uma membrana denominada epêndima.
Os nervos representam a unidade fisiológica fundamental do sistema nervoso periférico. Eles se originam nos dois componentes básicos do sistema nervoso central: o cérebro e a medula espinhal. Os 12 pares de nervos cranianos distinguem-se em olfativo, óptico, motor ocular comum, patético (ou troclear), trigêmeo, motor ocular externo, facial e intermédio, estato-acústico (vestíbulo-coclear), glossofaríngeo, vago (pneumogástrico), espinhal (acessório) e hipoglosso. Outros 31 pares formam o conjunto de nervos raquidianos, dos quais dependem a recepção de impulsos periféricos, sua transmissão aos centros fundamentais do sistema nervoso e o envio de sinais aos músculos.

Projeto Genoma Humano

As primeiras discussões sobre o Projeto Genoma Humano (PGH) remontam à década de 1980 quando o Departamento de Energia dos EUA promoveu um workshop para avaliar os métodos disponíveis para detecção de mutações durante o qual divulgou a idéia de mapear o genoma humano. Neste mesmo período foi criado na França o Centre d’Etude du Polymorsphisme Humaine (CEPH - Centro de Estudos do Polimorfismo Humano). Este centro coleta amostras de sangue e tecidos de famílias extensas e tornou-se o principal fornecedor de material para a elaboração dos mapas de ligação realizados pelo Généthon.
A idéia de mapear o genoma levantou desde o princípio uma série de controvérsias. Para muitos pesquisadores tratava-se na época de um projeto irrealizável. Para outros não havia sentido em mapear o genoma pois as infomações obtidas seriam desencontradas e não valeriam o esforço. Por outro lado, alguns pesquisadores viram naquela oportunidade a chance de transformar a biologia (e mais especificamente a genética) em big science, com direito a financiamentos gigantescos e divulgação ampla. O projeto foi lançado nos EUA quatro anos depois, patrocinado pelo NIH (National Institutue of Health) e pelo DOE (Department of Energy). A proposta era mapear todo o patrimônio genético do homem. Em seguida laboratórios da Europa, do Japão e da Austrália uniram-se ao projeto. Surgiu então um organismo de coordenação internacional chamado HUGO (Human Genome Organization), para sintonizar o trabalho e organizar o conhecimento adquirido em um banco de dados centralizado, o Genome Database. Seu presidente do HUGO, H. Van Ommen, afirmou em 1998 que a missão do HUGO era facilitar e coordenar a iniciativa global de mapear, sequenciar e analisar funcionalmente o genoma humano e promover a aplicação destes conhecimentos ao melhoramento da saúde humana. Na fase final de sua primeira missão o HUGO assume seu próximo papel para a disseminação das análises funcionais do genoma e o fornecimento de diretrizes responsáveis para as aplicações e implicações do genoma.
Desde os seus primeiros anos o projeto se caracterizou por um misto de otimismo exagerado, brigas entre os diferentes grupos participantes e notáveis avanços técnicos e científicos. Segundo Jordan (1993) o verdadeiro objetivo inicial do PGH não era o seqüenciamento, muito complexo, caro e trabalhoso, mas um mapeamento detalhado do genoma humano. No decorrer do processo os progressos tecnológicos foram tão grandes que propiciaram o seqüenciamento mesmo antes do prazo previsto. De qualquer forma mapeamento e não seqüenciamento foi a estratégia francesa. Os alemães foram sempre os mais reticentes quanto ao projeto. A verba destinada ao projeto foi de US$ 53 bilhões e o objetivo era mapear todos os genes e 3,6x109 pares de bases do genoma humano até 2005.

Metabolismo

Essencial como processo bioquímico de aproveitamento da energia, o metabolismo equilibra as funções fisiológicas. Seus distúrbios ocasionam doenças de incidência freqüente, como o diabetes, a obesidade e a arteriosclerose.
Metabolismo é o conjunto das reações químicas que ocorrem num organismo vivo com o fim de promover a satisfação de necessidades estruturais e energéticas. O processo metabólico ocorre tanto no domínio celular, como no do organismo em geral. A expressão metabolismo basal designa o mínimo de energia necessária para regular a fisiologia normal de um organismo.

Conceitos gerais e métodos de estudo: Do ponto de vista físico-químico, os organismos vivos são sistemas abertos que, para sobreviver, realizam com o exterior uma constante troca de energia e matéria. As substâncias que penetram nas células passam por fragmentações, adições e reestruturações moleculares, que produzem compostos biologicamente úteis, empregados como fonte de energia e também como elementos de construção e reparação dos tecidos. Essas transformações sucessivas denominam-se vias metabólicas.
Para que um composto orgânico possa produzir energia, deve experimentar uma oxidação (perda de elétrons e/ou combinação com o oxigênio), que libera o potencial energético das ligações existentes entre seus átomos. A oxidação, como a maior parte das reações químicas que ocorrem no interior da célula, requer a atuação de moléculas especializadas chamadas enzimas, que ativam os compostos, pondo-os em contato com outras substâncias reagentes, e tornam possíveis as trocas adequadas, à temperatura fisiológica. Praticamente todas as reações metabólicas dependem da existência das enzimas, sem as quais precisariam de grande quantidade de calor, não compatível com o desenvolvimento da vida celular.
No organismo sadio, verifica-se equilíbrio entre duas forças antagônicas: o catabolismo, processo pelo qual as moléculas vindas do exterior, após sofrer fragmentação prévia na digestão, são degradadas ou reduzidas a substâncias mais simples; e o anabolismo, conjunto de reações que, ao utilizar a energia liberada pelo catabolismo, possibilita a formação de estruturas orgânicas complexas a partir de outras, mais elementares. Essa energia é empregada também nas funções fisiológicas. Conforme sejam predominantemente energéticos ou construtivos, os alimentos recebem o nome de termogênicos ou organogênicos, respectivamente. Pertencem ao primeiro grupo os carboidratos (açúcares) e os lipídios (gorduras), e ao segundo grupo, as proteínas.
Lavoisier, criador da química moderna, abriu novos horizontes às ciências biológicas, ao mostrar: (1) que os tecidos animais e vegetais se constituem essencialmente de carbono, oxigênio, hidrogênio e nitrogênio; (2) que a respiração é uma combustão lenta de carbono e oxigênio; (3) que nos animais homeotermos a temperatura é mantida pela respiração; e (4) que as trocas respiratórias se acentuam após as refeições, o que leva à maior produção de energia.
Em 1824, Robert Mayer e Hermann von Helmholtz enunciaram a primeira lei da termodinâmica, que afirma ser a energia transformável e indestrutível. Demonstrou-se posteriormente, em experiências realizadas na Alemanha e nos Estados Unidos, que essa lei é extensiva aos seres vivos. O estudo científico e sistemático do metabolismo só foi possível a partir do desenvolvimento de técnicas como os modernos métodos de pesquisa bioquímica e de marcação radioativa por radioisótopos~capazes de acompanhar as transformações que ocorrem no interior do organismo. Por meio dessas técnicas pode-se marcar uma molécula inserindo-se nela, em dada posição, um átomo basicamente idêntico ao substituído (um isótopo), mas de peso atômico distinto, que emite partículas radioativas suscetíveis de serem detectadas.

Metabolismo animal: Os animais são organismos heterotróficos, isto é, que precisam obter a energia e os materiais de que necessitam a partir de compostos orgânicos de origem exterior. Um deles, de participação imprescindível, é o açúcar.
O catabolismo dos açúcares apresenta uma primeira fase anaeróbica (sem intervenção do oxigênio) em que a molécula com seis átomos de carbono da glicose é fosforilada, ou seja, reage com um grupo fosfato do trifosfato de adenosina (ATP) e se divide em duas moléculas de ácido pirúvico (com três átomos de carbono) ou, nas células musculares, em duas moléculas de ácido láctico. Essa é a fase da fermentação ou glicólise, que significa, literalmente, ruptura da glicose.
Na segunda etapa, cujo rendimento energético é muito superior, o ácido pirúvico se transforma em acetilcoenzima A ou acetil-CoA, que tem dois átomos de carbono na molécula e participa do chamado ciclo de Krebs, de importância capital em todos os processos metabólicos. Essa etapa é aeróbica e nela se produzem sucessivas desidrogenações (perdas de átomos de hidrogênio) em alguns dos compostos.
Esse processo implica a formação de um fluxo eletrônico, em direção às moléculas das enzimas e aos compostos que constituem a chamada cadeia respiratória, em que ocorre a fosforilação oxidativa. Esse último processo consiste na produção de compostos ricos em energia -- as moléculas de ATP --que intervêm como fator de troca energética em todas as atividades do organismo.
Os lipídios compreendem um grupo de substâncias química e fisiologicamente diferentes entre si, tais como as gorduras, as ceras e os lipóides, cuja principal característica é sua insolubilidade na água e solubilidade nos solventes orgânicos (éter, clorofórmio, benzeno). Se decompõem pelo processo catabólico da beta-oxidação, em que os ácidos graxos, compostos de longas cadeias que são os principais componentes das gorduras, se fragmentam por ação seqüencial de diversas enzimas até formar resíduos de acetil-CoA, que se integram ao ciclo de Krebs.
Processo de alto rendimento energético, a beta-oxidação produz grande número de moléculas de ATP. As gorduras fornecem mais que o dobro das calorias que a mesma quantidade de glicídios e proteínas. Admite-se que os glicídios podem ser convertidos em gorduras no organismo, mas esse mecanismo não está suficientemente esclarecido. O mesmo ocorreria com as proteínas, de modo indireto, por meio de certos aminoácidos que formam glicídios, que, por sua vez, sintetizam gorduras.
As proteínas, fragmentadas no curso da digestão pelas enzimas proteolíticas, têm valor biológico determinado por sua riqueza em aminoácidos. Alguns destes, os mais simples, podem ser obtidos de outros mais complexos. Outros não podem ser sintetizados e são tão valiosos quanto os hormônios. É o caso dos aminoácidos essenciais, responsáveis pelo crescimento, cuja ausência causa o aparecimento dos sintomas de desnutrição ou subnutrição.
As proteínas que os contêm são chamadas completas, como a lactalbumina e a caseína do leite, a ovalbumina e a ovovitelina do ovo. A maioria dos aminoácidos se transforma em diferentes compostos do ciclo de Krebs. Seus átomos de nitrogênio se separam por ação de enzimas transaminases e convertidos em amoníaco, formador da uréia (substância de refugo eliminada na urina).
As vias anabólicas consistem em: (1) formação de glicose e, mais tarde, de açúcares complexos, a partir do ácido pirúvico, por um processo não correspondente à inversão da glicólise; (2) produção de gorduras por síntese de ácidos graxos a partir do acetil-CoA e posterior união aos álcoois e outras substâncias; e (3) constituição dos aminoácidos. As proteínas são formadas por aminoácidos unidos entre si, numa seqüência específica determinada pelo código genético do organismo.
Entre as alterações congênitas do metabolismo, além das assinaladas, cabe lembrar a galactosemia ou intolerância à galactose, causada pelo déficit de uma enzima que metaboliza esse açúcar do leite; e certas anomalias graves no metabolismo das proteínas, que ocasionam deficiência mental.

Alimentos transgênico

Transgênico é qualquer organismo que seja modificado geneticamente pelas técnicas de engenharia genética. Ou seja, é qualquer organismo em que se tenha introduzido uma ou mais seqüências de DNA (genes), provenientes de uma outra espécie ou uma seqüência modificada de DNA da mesma espécie.
Vários pesquisas com plantas transgênicas já estão sendo feitas no Brasil, como soja resistente a diferentes tipos de herbicidas milho e algodão resistentes a insetos e herbicidas, batata resistente a vírus, entre outras.

Os riscos para o meio ambiente

Além dos riscos para a saúde humana, existem graves riscos para o meio ambiente que devem ser conhecidos.

1) criação de “superpragas” e “superinvasoras”: caso venham a ser transferidos os genes inseticidas ou os genes de resistência a herbicidas, as combatidas pragas e “invasoras” (ervas daninhas) desenvolverão esta mesma resistência, o que tornará necessária a aplicação de maiores doses ou mesmo de defensivos mais fortes sem considerar o desequilíbrio do ecossistema.
2) aumento de resíduos tóxicos: a utilização de plantas transgênicas com característica de resistência a herbicidas implicará na possibilidade de elevação do uso desses agrotóxicos, resultando dai maior poluição dos rios e dos solos.
3) impossibilidade de controle sobre a natureza: a introdução de uma espécie transgênica no meio ambiente é irreversível, pois o gene pode se propagar sem controle, não se podendo prever as alterações no ecossistema.
4) alteração do equilíbrio dos ecossistemas: a criação de “superpragas” e “superinvasoras”, assim como o aumento dos resíduos tóxicos e a impossibilidade de controle das novas espécies, provocarão uma/ alteração do equilíbrio dos ecossistemas.

Portanto, em que pese a importância de se buscar novas tecnologias para aumentar a oferta e a qualidade dos alimentos, é obrigação do Poder Público agir com muita cautela e verificar os riscos envolvidos para que não impliquem em novos danos. Hoje, o que se vê é a adição contínua de novos riscos para a saúde dos seres humanos e para o meio ambiente: foi assim com os aditivos, os agrotóxicos, os anabolizantes usados no gado, os antibióticos, a irradiação e, agora, a engenharia genética.

Rotulagem dos alimentos trangênicos

Existem atualmente duas importantes correntes sobre a questão da rotulagem dos transgênicos; uma propõe três tipos de rótulos: não contém OGM, contém OGM e pode conter OGM, a outra, simplesmente defende a não identificação da tecnologia que envolve a produção de tais alimentos.

Destacamos as vantagens e desvantagens dos produtos engenheirados, como por exemplo: frutas que mantêm o sabor e permanecem com sua consistência por vários dias em temperatura ambiente e vegetais produzidos sem a necessidade de se utilizar agrotóxicos. Entretanto, quando tentaram melhorar a qualidade nutricional da soja com genes da castanha do Pará, pessoas que nunca haviam comido a castanha passaram a apresentar alergia quando ingeriam a soja modificada. Como ficariam os consumidores que são vegetarianos, se um gene animal fosse incluído em um determinado vegetal, logo esse vegetal passa a produzir uma proteína animal, o consumidor vegetariano não teria que estar informado sobre o tipo de alteração? Se introduzíssemos um gene de amendoim em um outro vegetal, e uma pessoa, que é alérgica ao amendoim, fosse consumir esse produto e, por não estar devidamente informada, desenvolvesse uma reação alérgica grave? Quais os genes que são ativados e desativados ao longo do ciclo vital de um organismo?
As questões sobre genes de resistências para antibióticos merece uma reflexão à parte. Os opositores dos alimentos engenheirados pintam um panorama alarmista quando da ingestão de um alimento com um gene de resistência para um antibiótico, e levantam a suspeita de que microorganismos do nosso estômago ficariam imediatamente resistente ao antibiótico, causando um problema de Saúde Pública. Enquanto que os defensores estão baseando seus argumentos em um documento elaborado durante um simpósio realizado em 1993, pela Organização Mundial da Saúde, que alega a inocuidade de tais alimentos. Na realidade o que existe é uma falta de dados atuais e mais consistentes sobre os efeitos colaterais de tais alimentos.
No Brasil, temos constatado que a orientação sobre a rotulagem está sendo conduzida pela Comissão Técnica Nacional de Biossegurança - CTNBIO, quando a sua competência legal não é de decidir se rotula-se ou não, e sim dar um parecer conclusivo sobre a segurança do alimentos engenheirados. A rotulagem deve ser tratada no âmbito da Vigilância Sanitária do Ministério da Saúde e do Código de Defesa do Consumidor, sendo de competência do lnmetro coordenar o grupo que definirá a posição do País nas reuniões do Codex Alímentarius. O alimento só deve ser liberado se for seguro, o que é uma condição “sine qua non”, mas o rótulo deve conter informações que assegurem a população da decisão de seu consumo em cima de valores culturais, religiosos, éticos e etc.

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Chá Amarelo

Fique por dentro dos poderes do Chá Amarelo.

Na corte imperial chinesa, a cerimônia do chá é uma das artes mais cultuadas.

Os chás são ricos em compostos que contribuem para a prevenção e o tratamento de vários problemas. O chás mais comuns da China vêm da Camellia sinensis, uma planta que, dependendo da forma com que ela é preparada, dá origem ao chá branco, chá verde, chá preto, chá vermelho, chá oolong e o Chá Amarelo – de todos, o mais precioso e eficaz.

A diferença entre eles está na forma de sua preparação, o Chá Amarelo tem maior qualidade por ter um tempo maior e mais apurado de secagem, fazendo com que as folhas da Camellia sinensis fiquem com um tênue amarelado.

O Chá Amarelo tem seus poderes multiplicados por esse processo de secagem, só a alta corte imperial podia tomá-lo na Antiguidade, e agora nós o trouxemos EXCLUSIVAMENTE para você.

O Chá Amarelo, entre outras, possui as seguintes propriedades: antioxidante, diurético, vasodilatador e controlador da pressăo arterial; estimula a queima calórica, aumenta a imunidade corporal e diminui níveis de colesterol (LDL).

Como já disse, só a Alta Corte Imperial Chinesa tinha o direito de consumir o Chá Amarelo! E agora, você pode! EMAGREÇA COM O CHÁ AMARELO AGORA!

Ainda há inúmeras pesquisas destacando outras funções da Camellia sinensis, mas sem dúvida seus efeitos EMAGRECEDOR e REJUVENESCEDOR são conhecidos e comprovados. Com o Chá Amarelo não há gordurinha que resista.

Os chineses almejam consumir o chá dos Imperadores! Chá Amarelo é uma exclusividade nossa! Chá Amarelo é o mais precioso da família do Chá Verde!

Cuide sempre de sua Saúde, procure sempre um médico para orienta - los (a) sobre a sua saúde.

Disfunção Erétil ou Impotência Sexual

A Disfunção Erétil (DE) ou Impotência Sexual é definida como a impossibilidade de atingir ou manter uma ereção suficiente para ter uma relação sexual. Embora seja mais comum em homens a partir de 40 anos, pode aparecer em qualquer idade.

Tipos de Disfunção Erétil

Disfunção Erétil Primária

Quando o homem nunca fora capaz de conseguir uma ereção. Representa aproximadamente 10% dos casos.

Disfunção Erétil Secundária

Quando o homem obteve ereções no passado, porém não pode tê-las atualmente. Este é tipo mais comum.

Disfunção Erétil Situacional

Quando só consegue ereções em determinadas situações ou com determinadas pessoas. Por exemplo, consegue ereções adequadas extra-matrimonialmente, porém não consegue com sua parceira habitual, ou vice-versa. Um dos casos mais habituais ocorre quando da primeira relação com uma nova pessoa.
Disfunção Erétil Total

Quando a falta de ereção é completa.
Disfunção Erétil Parcial

Quando se produz uma certa ereção, porém não é suficiente para a realização do ato sexual.

Em meados de 1992, “The Massachusetts Male Aging Study (MMAS)”, o maior estudo sobre Disfunção Erétil realizado até o momento, mostrou os seguintes resultados:

Cerca de 52% dos homens com idades entre 40 e 70 anos apresentam algum grau de Disfunção Erétil.

• Pelo menos 1 em cada 5 homens não consegue atingir uma ereção plena.
• A maioria dos casos de Disfunção Erétil é por causas orgânicas do homem.
• Há uma forte relação entre idade e Disfunção Erétil, sendo que o aparecimento de Disfunção Erétil aumenta em 39% aos 40 anos e em 67% aos 70.
Sintomas da Disfunção Erétil

• Dificuldade para atingir ou manter uma ereção em um a cada quatro encontros sexuais satisfatórios ou o problema continua por mais de um mês.
• Para conseguir a ereção você demora mais tempo do que de costume ou é mais difícil em determinadas posições.
• A ereção é menor ou há menos rigidez.
• Manter a ereção implica em fazer um esforço consciente.
• As ereções espontâneas de manhã são menos frequentes e com menor rigidez.
• Chega-se ao clímax em menos tempo ou com uma ereção incompleta.

Tratamento para Ejaculação Precoce

A Ejaculação Precoce (EP) uma vez tratada, raramente se apresenta de novo.

O tratamento geralmente é de curta duração e envolve um enfoque de etapas.

Seu objetivo é ajudar a controlar a ejaculação de modo natural, buscando retardá-la o máximo possível. Em todos os casos, consegue-se:

• Manter relações sexuais mais prolongadas de forma progressiva.

• Eliminar a preocupação em retardar a ejaculação, restabelecendo a auto-confiança em relação à companheira.

Procure um especialista e faça um Tratamento para Ejaculação Precoce

Causas da Ejaculação Precoce

Essencialmente, há três aspectos: físico, psicológico e de hábito.

Todos, juntos, são responsáveis por causar e perpetuar o problema.

Aspectos físicos ou Hipersensibilidade

Ocorre quando o homem tem uma glande hipersensível, uma sensibilidade acima do normal e, portanto, ejacula ao menor contato

Aspecto psicológico ou Resposta à ansiedade induzida

Neste caso, o homem ejacula rápido devido à tensão e nervosismo que sente na hora das relações, seja porque se trata de um novo encontro sexual ou por ter falhado em casos anteriores. Este estado de ansiedade, provocado pelo medo de falhar de novo, vai induzi-lo a ejacular de forma precoce novamente, entrando em um círculo vicioso. A ansiedade é a principal causa da EP, que ocorre em pelo menos 37% dos homens ansiosos. Outro fator de risco relacionado com a Ejaculação Precoce é a depressão.

Aprendizagem defeituosa

Outro fator causador da Ejaculação Precoce (EP) é a falta de conhecimento sobre o controle ejaculatório. Neste caso, o homem aprendeu a ejacular com pouca estimulação sexual. Isto se transformou em um hábito que sempre se repete em seus encontros sexuais e que fica difícil abandonar sem ajuda de um especialista.

É importante saber que os três aspectos independentes são responsáveis pela EP, de modo que resolvendo só um deles você não resolverá o problema.

A Ejaculação Precoce afeta a confiança do homem e sua autoestima, porque quem a tem não consegue relaxar e desfrutar do ato sexual por se preocupar a todo instante em evitar a rápida ejaculação. É um problema contornável com o tratamento correto (causas).

Ejaculação Precoce

Fique por dentro de tudo sobre a Ejaculação Precoce

Ejaculação Precoce (EP) é a ejaculação que ocorre com uma mínima estimulação sexual. Você ejacula antes, durante ou quase imediatamente depois da penetração, sem controle e antes do que gostaria. Frequentemente, como consequência há impossibilidade de continuar o ato sexual durante um tempo suficiente para satisfazer à sua companheira, não podendo assim desfrutar de uma vida sexual plena.

Isso pode afetar sua auto-estima e sociabilidade, inclusive fazendo com que você chegue a evitar os encontros sexuais.

Embora não seja um problema sério nem uma enfermidade, é pouco provável que se cure espontaneamente, podendo ainda se converter em um problema crônico.
Há dois tipos de Ejaculação Precoce (EP):

• Ejaculação primária:

Ocorre quando a Ejaculação Precoce está presente ao longo de toda a vida sexual do homem, de modo que nunca este conseguiu controlar a ejaculação em suas relações. A Ejaculação Precoce primária é muito comum, sendo uma patologia médica muito frequente.

Estudos recentes indicam que um em cada três homens sexualmente ativos sofre com isso.

• Ejaculação secundária:

É aquela que aparece em um momento posterior na vida do homem, o qual antes sempre havia tido ereção.

Na maioria dos casos, a EP está relacionada com uma Disfunção Erétil (DE), de modo que tratando esta última resolve-se o problema.
Sintomas da Ejaculação Precoce

Você pode sofrer de ejaculação precoce caso apresente um ou mais dos seguintes sintomas:

• Incapacidade para controlar a ejaculação

• Ejacular antes ou poucos minutos depois da penetração

• Ejacular antes de estar pronto para fazê-lo ou de haver satisfeito sua parceira


Espero ter ajudado nesse assunto de Ejaculação Precoce

sábado, 14 de agosto de 2010

Estresse

Estresse é um termo retirado da física, e significa qualquer força que aplicada sobre um sistema, leva à sua deformação ou destruição. Aplicando-se o termo ao homem vê-se que estresse é qualquer estímulo que afeta negativamente a pessoa humana. Aí surge a pergunta: o que é afetar negativamente o homem? Na verdade, existem vários tipos de estímulos.Para nossos objetivos, dividimos os estímulos em absolutos e realtivos:

* Absolutos - como ruído , falta de oxigênio, pressão física.
* Relativos - como todas as nossas dificuldades
no dia a dia. São relativos porque não dependem tanto de “quanto”ou mesmo da “natureza”do problema, mas sim da ,maneira como são interpretados.

Em geral o estresse se manifesta de tres formas distintas :


* a primeira, a chamada Reação Aguda ao Estresse, é desencadeada sempre que nosso cérebro, independentemente de nossa vontade, interpreta alguma situação como ameaçadora.
* a segunda, chamada de Fase de Resistência, acontece quando a tensão se acumula, e sua principal característica são flutuações no nosso modo habitual de ser e maior facilidade para termos novas reações agudas.
* a terceira, chamada Fase de Exaustão, há uma queda acentuada de nossos mecanismos de defesa.
Todas as vezes que enfrentamos desafios, que nosso cérebro independentemente de nossa vontade encara a situação como potencialmente perigosa, nosso organismo se prepara para lutar ou fugir da situação. Essa era a estratégia que nossos ancestrais do período pleistoceno (a idade da pedra) usavam para escapar dos perigos efetivos que tinham que enfrentar no seu dia a dia. Nosso mundo mudou, mas ainda possuímos estruturas cerebrais que respondem como nossos ancestrais.
Há dois grupos de sintomas : os musculares e os vegetativos. Os sintomas musculares incluem tensão muscular que mantém os dentes cerrados ou rangendo, dores nas costas (especialmente nos ombros e nuca), dores de cabeça (em geral como um capacete), sensação de peso nas pernas e braços.
Já os sintomas vegetativos incluem episódios de diarréia, suores frios, sensação de calor intercalada com frio, mãos geladas, transpiração abundante, aumento do número de batimentos cardíacos, respiração rápida e curta, má digestão.

Polineuropatia Alcóolica

A polineuropatia alcóolica é encontrada com grande frequência e, em geral, a sintomatologia inicial corresponde a hiperestesias e disestesias nos membros inferiores, com predomínio na planta dos pés. Além das sensações anormais encontra-se, ao exame da sensibilidade, hipoestesia termoalgésica de predomínio distal. As sensibilidades discriminadas são afetadas menos intensamente.
O comprometimento do nervo vago e do sistema simpático é evidenciado por rouquidão, paralisia de cordas vocais, disfagia e hipotensão arterial.
Quando há alterações das sensibilidades vibratória, de posição segmentar e tátil discriminativa, deve ser considerado, como alternativa o diagnóstico de síndrome cordonal posterior. O comprometimento motor conduz à paresia ou plegia de predomínio distal, com hipotonia e ausência ou redução da intensidade da resposta dos reflexos de estiramento. O padrão centrípeto, que pode levar a uma tetraparesia, o predomínio de lesão de fibras finas, presumível pelo quadro clínico, a ausência de redução da velocidade de condução nervosa e evidência anatômica de que há maior redução axonal distalmente no mesmo nervo são sugestivos de que a polineuropatia alcóolica seja secundária à degeneração axonal.
A sobreposição de desmielinização segmentar ocorreria quando há associação de deficiências vitamínicas à polineuropatia alcóolica.

Polineuropatia Urêmica

A polineuropatia urêmica está associada à presença de insufiência renal crônica. Trata-se de polineuropatia com manifestações iniciais de caráter sensitivo: sensações de picadas e de queimação, de predomínio nos pés. O componente motor é de predomínio distal, podendo observar-se a síndrome das pernas inquietas. Cãibras são referidas.
Trata-se de polineuropatia de caráter axonal e presume-se que alguma substância tóxica não filtrada pelos rins seja a responsável pela neuropatia. O peso molecular é, provavelmente maior do que o da uréia e do creatinina, e a terapêutica considerada capaz de reverter a neuropatia é o transplante renal. Esta reversão pode ser incompleta, de acordo com a extensão do dano axonal e a perda de corpos celulares ocorrida ao nível dos gânglios das raízes posteriores ou da coluna cinzenta ventral. Diálise peritonial ou hemodiálise não são consideradas eficazes para a reversão da polineuropatia.

Neuropatia Diftérica

A neuropatia diftérica constitui uma das complicações da infecção pelo Corynebacterium diphteriae. É consequente aos efeitos diretos da ação da exotoxina liberada pelo bacilo no sistema nervoso periférico.
Cerca de 4 a 4,5% dos pacientes afetados pela doença morrem em consequência da neuropatia periférica. Cerca de 8% são acometidos por neuropatia grave, outros 8% apresentam acometimento moderado ou discreto do SNP.
Dois aspectos fundamentais chamam a atenção nos estudos necroscópicos e em animais experimentais com relação a patologia da neuropatia diftérica : a topografia das lesões e o caráter desmielinizante das mesmas.
As lesões se concentram nos gânglios do sistema nervoso periférico e em suas proximidades. Em relação aos nervos somáticos, a desmielinização situa-se nas raízes dorsais, nas regiões adjacentes a seus gânglios, nas raízes ventrais e nas raizes espinhais mistas. Essas lesões ocorrem inicialmente. Mais tarde, podem ser encontradas lesões desmielinizantes de localização mais distal ao longo dos nervos periféricos. O gânglio nodoso do nervo vago é intensamente afetado. O sistema simpático é relativamente poupado quando comparado ao parassinpático.

O período de incubação da difteria varia de 1 a 7 dias, mas em geral situa-se entre 2 e 4 dias.
A difteria faucial é a forma clínica mais comum. Está associado a grande toxicidade. A elevação da temperatura corporal, em geral, não é intensa e não ultrapassa
38o C. Há taquicardia intensa e queda da pressão arterial. Entre 2 e 6 semanas, mais frequentemente na terceira ou quarta, pode haver paralisia e hipoestesia do palato ou faringe. Em consequência dessas alterações, ocorre voz anasalada e regurgitação de líquidos pelas narinas.
Quando o acometimento é extenso, entre
uinta e sétima semanas, pode associar-se paralisia da faringe, laringe e diafragma. As consequências se fazem notar, além da dificuldade de engolir, rouquidão ou afonia.

Neuralgia do Trigêmeo

Afecção unilateral da face, a neuralgia do trigêmeo caracteriza-se por ataques breves do tipo choque elétrico na distribuição de um ou mais ramos deste nervo. As dores são intensas e intercaladas por períodos assintomáticos. As mulheres são mais acometidas que os homens, sendo mais comum em idosos.
A dor pode ser desencadeada por estímulos superficiais em área sensíveis, tais como ao pentear-se, barbear-se, escovar os dentes ou mastigar, ou pelo simples toque. Ataques espontâneos podem ocorrer. Os ramos inferiores são mais acometidos que o primeiro ramo, sendo que a dor, estereotipada em cada paciente, permanece sempre ao mesmo lado. Caso há onde a sintomatologia é provocada por compressões do nervo trigêmeo por estruturas vasculares ou por lesões centrais, tais como na esclerose múltipla ou no infarto do tronco cerebral. Este diagnóstico sempre deve ser lembrado em pacientes que sofram de dores faciais de curta duração com as características descritas acima, posto que muitos são submetidos a tratamentos inadequados pela falta do diagnóstico desta condição que é de fácil reconhecimento.

Enxaqueca

A enxaqueca é uma doença comum na qual a cefaléia é um dos principais sintomas. Apenas excepcionalmente pode se iniciar após os 30 anos, acometendo principalmente o sexo feminino. Em cerca de dois terços dos casos a dor é unilateral, mas alternante. Cefaléias unilaterais que ocorrem sempre do mesmo lado não devem ser enxaqueca. A enxaqueca é paroxística, com ataques durado de 4 a 72 horas, intercalados por períodos assintomáticos. Cefaléias diárias e contínuas têm poucas chances de ser puramente enxaqueca. A dor é pulsátil, de intensidade moderada a severa, piorando com exercícios físicos leves. Há também foto e fonofobia, náuseas e eventualmente vômitos. Assim, durante os ataques de enxaqueca, os pacientes procuram repouso em local tranquilo e pouco iluminado. A história familiar é frequentemente reveladora de outros casos, sobretudo em mulheres.
As enxaquecas descritas acima, as mais frequentes,
são chamadas enxaquecas sem aura (antiga enxaqueca comum). Caso as crises sejam de alguma forma associadas a distúrbios neurológicos focais, a possibilidade de enxaqueca com aura (antigamente denominada enxaqueca clássica, oftalmoplégica, hemiplégica, afásica, complicada) deve ser considerada. A aura da enxaqueca se caracteriza por sintomas neurológicos focais indicativos de alterações no córtex ou tronco cerebral, que se desenvolvem durante 5 a 20 minutos e duram menos de 60 minutos.

A cefaléia, geralmente de duração mais curta que na enxaqueca sem aura e acompanhada de fono/fotofobia, náuseas e vômitos, usualmente surge até 1 hora após a aura. Pode ser que a aura surja durante ou depois da dor, ou ainda isoladamente, sem que haja cefaléia. Ataques de enxaqueca sem aura e com aura em um mesmo paciente são frequentes. Na enxaqueca com aura prolongada (antiga enxaqueca complicada), as alterações neurológicas focais duram mais de 60 minutos e menos de 1 semana. Exames complementares de neuroimagem são obrigatórios no sentido de se fazer o diagnóstico diferencial com outras afecções intracranianas.
Crises de enxaqueca podem ser desencadeadas em alguns pacientes por determinados alimentos, como queijos, chocolate, frutas cítricas e vinho. Em alguns casos as crises podem acompanhar os ciclos mestruais.

Estado de Coma

Coma é um estado de inconsciência, habitualmente prolongado (com duração de horas, semans ou meses), do qual o paciente pode ou não emergir. Esse estado de incosciência não pode ser revertido pelos estímulos externos comuns, critério que permite distinguir o coma do estado de inconsciência do sono fisiológico.
O coma é a expressão sindrômica de uma falência das funções encefálicas, podendo ser deteminado por lesões estruturais do parênquima encefálico, por disfunções metabólicas e por intoxicações exógenas com repercussão no sistema nervoso central.
A atividade funcional e a integridade anatômica do encéfalo dependem basicamente de seu metabolismo energético. Por sua vez, a produção de energia no encéfalo depende da disponibilidade do substrato (glicose), oferta de oxigênio e integridade da cadeia respiratória (sistemas enzimáticos celulares). Qualquer fator que interfira com este tipo de metabolismo - estrutural, metabólico ou tóxico - pode determinar sofrimento encefálico e coma.
Considerando-se a vulnerabilidade dos centros nervosos a múltiplos agentes nocivos, compreende-se que o coma seja uma síndrome relativamente frequente nos serviços de emergência.

Bruxismo

O bruxismo é um distúrbio do sono caracterizado por ranger dos dentes, produzido por contrações rítmicas dos masseteres e outros músculos. Pode durar segundos ou ser mais longo e repetir-se várias vezes durante a noite, provocando um som desagradável, que frequentemente desperta o companheiro de quarto.
Há estreita relação com estresse e tensão emocional, mas pode ocorrer sem nenhuma correlação com estes fatores. Alguns estudos sugerem que elementos anatômicos podem predispor ao seu aparecimento, tais como má-oclusão, deformidade da mordedura e da articulação têmporo-mandibular.
Estudos mostram que 50% da população apresentam bruxismo pelo menos uma vez durante a vida, caracterizando-se como problema clínico em apenas 5% dos casos, mais frequentes em crianças e adultos do que em idosos.
Experiência clínica sugere relação familiar para o bruxismo, mas não há estudos comprovando fator genético.
O bruxismo pode ocorrer em qualquer estágio do sono, sendo mais frequente no estágio 2. O diagnóstico é feito pelo relato do companheiro de quarto, ou por um exame odontológico que evidencia anormal desgaste das cúspides dentais.

Terror noturno - Sono

O terror noturno tem como sinônimos pavor noturno, descargas autonômicas severas e terror do sono. É caracterizado por epsódios nos quais o paciente adormecido torna-se subitamente agitado, senta-se na cama, gritando ou chorando, com os olhos arregalados e com expressão de terror. Desconhece as pessoas a sua volta, mostra-se desorientado e raramente desperta. Durante o epsódio, há atividade autonômica intensa com taquicardia, midríase, aumento do tônus muscular, sudorese profusa, taquipnéia e piloereção. Dura em média 10 a 20 segundos. Em seguida, o paciente relaxa e volta a dormir calmamente. Pode estar associado a outras parassonias, principalmente com sonambulismo. Na maioria das vezes há amnésia destes epsódios, embora, em raros casos, o paciente se recorde de fragmentos ou de curtos períodos de sonhos. Raramente se acompanham de micção e vocalização. É observado em crianças de 4 a 12 anos, mas pode ocorrer em qualquer idade.
O terror noturno sugere nos estágios 3 e 4 do sono NREM, sendo mais frequente no primeiro terço da noite. Quando se realiza a poligrafia do sono, observa-se que tais episódios são precedidos de surtos de atividade delta.
Os distúrbios desaparecem espontaneamente próximo da adolescência, estes distúrbios não constituem anormalidade orgânica ou mental.

Apnéia do Sono

O sono tem influência em todos os processos fisiológicos e, de forma particular, no controle da respiração. A síndrome da apnéia do sono é frequente e ocorre por distúrbio no controle respiratório durante o sono.
Pode ser do tipo obstrutivo, apnéia central ou apnéia mista. No tipo central, o fluxo aéreo na boca e narinas cessa por ausência dos movimentos torácicos e abdominais. Na apnéia do tipo obstrutivo, o fluxo aéreo na boca e narinas cessas cessa por obstrução das vias aéreas, principalmente ao nível da faringe persistindo os movimentos toracoabdominais. A apnéia mista se origina de uma apnéia central, tornando-se de uma apnéia central, tornando-se obstrutiva quando o indivíduo tenta retomar a ventilação.
O diagnóstico clínico é feito pela história clínica, geralmente baseada na descição do companheiro de quarto, que na maioria das vezes relata episódios de roncos, que sugerem obstrução das vias aéreas. Geralmente está associada à redução da saturação de O2. Os epsódios de obstrução aérea chamam a atenção do companheiro de quarto por se manifestarem com parada respiratória e roncos de intensidade sonora elevada, alternados com períodos de silêncio. A frequência e a duração dos períodos de apnéia e a intensidade dos roncos podem ser exarcebadas principalmente pela ingestão de álcool e aumento do peso.

Pacientes com apnéia grave podem ter epsódios prolongados acompanhados de cianose e, muitas vezes, roncos estridentes e vocalizações, que consistem em murmúrios e sons desconexos. Raramente ocorre morte súbita. Outros pacientes, principalmente idosos, despertam durante apnéia e passam a apresentar queixas de insônia e cansaço. Com a evolução da doença, os pacientes podem queixar-se de cefaléia, tonturas, distúrbios de coordenação e das funções cognitivas ou sonolência excessiva irresistível no decorrer do dia.
A apnéia ocorre em qualquer idade, desde a infância até a velhice, sendo mais frequente em homens entre 40 e 60 anos.
A tendência familiar é descrita, mas na maiora dos pacientes não se reconhecem fatores hereditários predisponentes. As causas mais encontradas são aumento de peso, hipertrofia tonsilar e anormalidades crânio-faciais.
O diagnóstico é comprovado pela realização da poligrafia. Períodos de apnéia superiores a 10 segundos de duração são considerados significativos. Os mais típicos duram entre 20 e 40 segundos. Em alguns pacientes chegam a durar minutos. Ocorrem mais frequentemente durante os estágios 1 e 2, são mais raros durante os estágios 3 e 4 de sono NREM, mas podem ocorrer somente durante período REM. Vários epsódios apnéicos podem ter um componente central inicial seguido por um componente obstrutivo, caracterizando-se como apnéia mista.

Insônia

A insônia é a redução do tempo total do sono, seja por dificuldade para iniciá-lo ou para mantê-lo (frequência no despertar noturno), seja na forma de um despertar precoce.
As insônias ocorrem de forma variada e podem ser classificadas, de acordo com a duração, em transitória, crônica e intermitente. De acordo com a origem, em psicológica, fisiológica e ambiental.
Podem ocorrer associadas a outros distúrbios e ser ainda classificadas de acordo com o momento da noite em que ocorrem (início, fase de manutenção ou despertar precoce).
Na avaliação diagnóstica da insônia é importante observar os componentes que podem desencadeá-la ou estar interferindo, como causa. Os mais frequentes são os fatores ambientais, fisiológicos e emocionais.
A avaliação clínica inclui:
- A avaliação ambiental, que aborda questões como temperatura, tipo de dormitório, presença ou ausência de barulho.
- A avaliação corpontamental, que se completa através de vários instrumentos ou abordagens como entrevista com o paciente, averiguando a forma de instalação, estilo de vida, as características do humor, drogas consumidas e entrevista com o companheiro.

- Diário do sono.
- Questionário.
- Avaliação psicológica (tipo de personalidade, grau de tensão e problemas emocionais graves e recentes).
- Avaliação clínica, pelo exame clínico completo para afatar problemas orgânicos (neurológicos, endócrinos, respiratórios e outros).

Anestesia

Perda parcial ou completa de sensação, incluindo a dor, o que pode ser causado por uma doença do sistema nervoso ou induzido por drogas anéstesicas ou outros métodos tais como a cupuntura ou a hipnose, quando procedimentos dolorosos têm de ser feitos. Executa o bloqueio dos nervos que conduzem os impulsos da sensação ao cérebro.
Anestesia local é a perda de sensação em uma parte específica do corpo, provocada pelo uso de anestésico local em procedimentos cirúrgicos menores, do tipo dentário, por exemplo.
Anestesia geral é a perda de sensação e consciência provocada pela aplicação de um anestésico geral que atua sobre o cérebro.

Epífise

Glândula pineal, pequeno núcleo esférico de tecido ligado ao cérebro dos vertebrados. Em alguns deles, como rãs e tubarões, esse órgão contém células sensoriais que respondem à luz e agem como um terceiro olho sob a superfície da pele. Nos mamíferos, é aparentemente destituída de células nervosas e consiste em células secretoras que são ativadas por fibras do sistema nervoso autônomo. As células contém serotonina, que é convertida nun hormônio, a melatonina. As quantidades de melatonina na glândula, nos fluidos do cérebro e no plasma flutuam num ritmo de 24 horas, chegando ao máximo durante a noite. Em alguns animais, a melatonina impede o crescimento e a atividade das gônadas (testículo, ovário), agindo sobre o hipotálamo ou a pituitária. Sua função no homem tem sido objeto de recentes discussões.

Aneurisma

Dilatação localizada de uma artéria seguida do enfraquecimento de sua parede. Os aneurismas são instáveis e tendem a crescer até a sua ruptura. Podem ocorrer na aorta, a principal artéria do corpo, e são consequência de arteriosclerose e pressão alta; mais raramente, podem ser causados por sífilis ou por ferimento. O aneurisma cerebral ocorre nas artérias que circulam no cérebro; costuma ser múltiplo, e a consequência da ruptura é um derrame. A fraqueza das artérias cerebrais em geral é congênita.

Derrame

Dano causado ao cérebro pela interrupção de fornecimento de sangue, que por sua vez pode ser causada por um coágulo sanguíneo ( trombose) ou hemorragia cerebral. Os fatores que precipitam o derrame incluem a arteriosclerose, alta pressão sanguínea, aneurisma cerebral e consumo excessivo de álcool. Os sintomas do derrame dependem da área e da extensão do dano; o ataque costuma ser repentino. Os sintomas do derrame são geralmente limitados ao lado oposto do corpo onde ele ocorre; portanto, o lado esquerdo do corpo será afetado pelo derrame que ocorre no lado direito do cérebro. A paralisia é um sintoma comum; paralisia parcial, hemiplegia, perda sensorial e dano visual podem acontecer, como também a perda abrupta da consciência, que pode levar ao coma e à morte.
Anormalidades residuais são comuns após a
recuperação inicial e nelas estão incluídas a paralisia, a incontinência e dificuldades de fala. O tratamento é direcionado no sentido de reaver algumas das funções perdidas.

Mal de Parkinson

O chamado mal de Parkinson caracteriza-se principalmente
pela oligocinesia, ou diminuição da atividade motora espontânea, resultando em lentidão de movimentos; pela rigidez muscular, tipo especial de hipertonia; denominada plástica, na qual os membros mantêm passivamente as posições em que são colocados; e pelo tremor, que surge ou se intensifica quando o paciente assume postura estática.

Ataxias

Perturbação da coordenação muscular, na qual o movimento é controlado apenas parcialmente. É mais um sintoma, do que uma doença.
Uma das ataxias mais conhecidas é a “doença de São Vito (Coréia), na qual a normalidade do sistema nervoso, motivada talvez por infecção estreptocócica, produz constantes espasmos ou sacudidas em várias partes do corpo. Em outra ataxia, a esclerose múltipla, há degenerescência de partes do sitema nervoso, formando-se tecidos cicatriciais que, entre outros sintomas causam paralisia parcial.
A doença de Parkinson, também denominada paralisia agitante, manifesta-se por tremor e perda de força dos músculos. A ataxia locomotora, caracterizada especialmente por desorganização muscular e sensação desornenada, provém de infecção da medula ou de sífilis. Existem várias outras ataxias especiais, entre elas a que afeta as crianças que padecem de paralisia cerebral.
Qualquer sintoma, como perda do controle de certos movimentos musculares e aparição de espasmos não costumeiros e involuntários, deve receber imediata atenção médica, se possível de neurologista. Ainda que temporária, qualquer perturbação importante do sistema nervoso deve ser considerada seriamente. O médico verifica o tipo da ataxia e, no caso de ser degenerativa, adota as medidas necessárias para retardar ou mesmo deter o avanço da perturbação.

Algumas ataxias são hereditárias e aparecem repetidamente na mesma família. Estas ataxias resultam de desenvolvimento defeituoso de alguma parte do sistema nervoso e podem afetar não apenas o movimento muscular, mas também os sentidos do tato, gosto, olfato, visão e audição.
Na paralisia cerebral, é notável a falta de coordenação,
quase sempre unida à fraqueza muscular geral. O Tratamento consiste em exercícios de fortalecimento e coordenação muscular.

Esclerose Múltipla

Um dos distúrbios mais comuns do sistema nervoso. Caracteriza-se pela dificuldade de movimentos musculares, os quais, ao cabo de algum tempo, são totalmente perdidos. A degeneração e endurecimento do tecido nervoso se produz muito lentamente e só gradualmente, ao fim de alguns anos, manifestam-se os sintomas exteriores da esclerose múltipla. Os sintomas dependem de como e onde foi lesado o sistema nervoso.
Os sisntomas consistem, frequentemente, em uma falha gradual no controle dos músculos das pernas. Os movimentos destas se tornam espasmódicos e com tempo chega-se à paralisia. Outro sistema comum é a lentidão no falar. A pessoa atingida fala com monotonia e emite cada sílaba com dificuldade e esforço. As mãos tremem, especialmente quando se tenta um determinado movimento. Algumas vezes, a cabeça também torna-se trêmula. Os doentes de esclerose múltipla geralmente conservam a lucidez mental, mesmo quando a doença está em estao avançado. Às vezes, sofrem depressões e distúrbios mentais e emocionais, mas não é fato comum.
A velocidade com que se desenvolve o processo varia de caso para caso. Contudo, à medida que progride, afeta as funções fundamentais como a vista, a audição e a digestão, fazendo-se necessária a atenção constante ao doente. Às vezes, demora anos até atingir esse ponto.
Até hoje não se conhece nada que possa deter o processo.
Não obstante, a atenção adequada pode influir consideravelmente no estado do doente. Para assegurar-lhe algum alívio, deve-se protegê-lo contra as circustâncias que prejudiquem especialmente seu estado. Até o momento é apenas com isto que pode contar para reduzir os distúrbios básicos.
Continuam as investigações no sentido de se determinar a causa da esclerose múltipla. Não se encontrou ainda nenhum organismo ao qual se possa atribuir o estabelecimento da doença. Há casos em que ela aparece depois do parto ou de uma intervenção cirúrgica de certa gravidade, mas aparentemente, trata-se apenas de coincidência. Parece que intervêm na esclerose fatores hereditários especiais. Geralmente aparece antes dos quarenta anos.

Paralisia

Perda temporal ou permanente da função, sensação ou movimento voluntário dos músculos, originada geralmente por lesão dos nervos ou destruição das células nervosas que regulam a função dos músculos ou tecido muscular atingido. Um exemplo de paralisia constitui a secção de um nervo motor, como pode ocorrer no caso de lesão no pulso ou antebraço. Os músculos estimulados por aquele nervo deixam de funcionar e começam a degenerar. A menos que a cirurgia seja capaz de propiciar a união das extremidades seccionadas e que as fibras nervosas voltem a se desenvolver na antiga raiz, tais músculos permanecerão inativos para sempre.
A lesão das células ou fibras nervosas pode originar-se por doenças, pressão ou lesão destrutiva do cérebro ou medula espinhal, qualquer uma das quais pode ocasionar uma paralisia parcial ou total de vários músculos.

Neurose

Transtorno psíquico que não se faz acompanhar de grave desintegração da personalidade. Refere-se ao tipo da adaptação que uma pessoa realiza a certas situações, às quais inconscientemente atribui a capacidade de gerar inquietação e ansiedade. O tipo de adaptação constitui a natureza da neurose. A causa é de ordinário a existência, dentro da pessoa, de um conflito emocional, desejos contraditórios, em geral de natureza muito complexa.
Quanto a caracterização positiva, as neuroses se
expressam, em primeiro lugar, por sintomas específicos e inespecíficos. Os sintomas inespecíficos ou acessórios podem existir não só nas neuroses mas também em quaisquer doenças orgânicas ou psíquicas : depressão, hipocondria, irritabilidade, insônia, dores de cabeça, vertigens, taquicardia ou prisão de ventre, dores e espasmos em qualquer parte do corpo, tremores, paralisias, cegueira, convulsões, etc. Apesar de acessórios, são muito constantes nas neuroses, às vezes dominando o quadro clínico, de modo a mascarar ou encobrir os sintomas específicos; quando isso acontece, podendo mesmo as queixas se referirem a um determinado órgão da vida vegetativa, fala-se de um organoneuroses (neurose cardíaca e neurose gástrica).
Eis os sintomas específicos ou essenciais, realmente típicos das neuroses : angústia, fobias, obsessões, conversões e certas inibições (a impotência sexual,p.ex.). A angústia ou ansiedade é a tensa, desagradável e absorvente expectativa fisiopsíquica de um perigo iminente, cuja fonte é imaginária, desconhecida ou exageradamente avaliada. É o medo vago, sem causa, indefinível, que parece vir “de dentro da alma”.Há gradações, da simples intranquilidade até a angústia terrível e catastrófica. A angústia é, de fato, o fenômeno básico da neurose.


Os sintomas específicos e os acessórios se mesclam, em cada caso, sob proporções variáveis, bastante individualizadas. Muitas vezes, porém certos sintomas dominam o quadro clínico de tal modo que se pode falar em formas especiais de neuroses. Já foram referidas as organoneuroses. Quando o quadro clínico é dominado por sintomas específicos, tem-se as psiconeuroses: neurose de angústia, neuroses fóbicas, neurose obsessiva, histeria. A neurastenia se caracteriza, entre outras manifestações, por dor de cabeça, tonteiras, insônia, irritabilidade, hipocondria, astenia ou cansaço fácil, intolerância aos ruídos, impot6encia.
O tratamento de neuroses pode ser caráter somático (pelo uso de sedativos, tranquilizantes, fisioterapias e, sobretudo, a sonoterapia) e psicoterápicos (sugestão, persuação, hipnose e, principalmente, a psicanálise e métodos dela derivados). As psicoterapias de grupo constituem processos já efetivos e com maiores perspectivas futuras.

Neurite Ciática

Também chamada de ciática, é a inflamação do nervo que tem esse nome, o maior do corpo, que desce da parte inferior da coluna vertebral ao longo das pernas pela face posterior das coxas. O termo ciático é empregado frequentemente para designar uma série de disturbios que nada tem a ver com o nerco ciático. A verdadeira dor ciática é a neurite ciática, cuja dor se sente na coxa e outras zonas enervadas pelo nervo ciático. A dor ciática acompanha numerosos quadros quadros anátomo-patológicos e pode obedecer a uma série de fatores que afetam adversamente o nervo ciático.
A parte da medula espinhal onde nasce o nervo, por
exemplo, pode ser afetada pela ruptura ou hérnia de um disco ou por inflamação dos ossos das vértebras. Qualquer anormalidade que afete a um vaso sanguíneo próximo pode forçá-lo a comprimir o nervo. Circustâncias externas como uma queda, uma forte torsão do corpo ou uma prolongada exposição ao frio ou à umidade, podem precipitar a apresentação de um distúrbio do nervo ciático.
Dadas as múltiplas causas e as numerosas ramificações possíveis da neurite ciática, esta representa, da mesma forma que a dor de cabeça e dor nas costas, uma moléstia aparentemente simples que mascara uma sistuação potencialmente complicada. O diagnóstico da causa específica de um caso concreto de neurite ciática exige cuidado médico. A dor é apenas um sintoma cuja causa terá de ser determinada antes de se estabelecer o tratamento adequado. O médico deverá averiguar, primeiro, se a dor se origina de uma anomalia do nervo ciático ou de alguma sacrilíaca, a coluna dorsal em busca de algum desvio, as costas, para verificar se há
algum osso deslocado, e as pernas, para descobrir possíveis espasmos e outras perturbações musculares ou teciduais.

O tratamento pode começar com algumas medidas simples
tendentes a aliviar o problema imediato: repouso no leito, colocação do corpo em postura que exija o mínimo esforço das partes afetadas ou o emprego de calor para reduzir a dor. Tem importância fundamental o uso dos colchões duros, desde que os colchões muito macios possibilitam instabilidade da coluna durante o repouso. O médico estudará a dieta e atividades diárias do paciente, assegurando-se de que aquela é adequada e de que o trabalho, exercícios e o ambiente em geral, do doente, não agravam seu mal. A um doente que trabalhe, por exemplo, em local frio e úmido, pode-se recomendar que mude de atividade. A injeção de uma ou várias substâncias medicinais no nervo ciático ou zonas adjacentes é, às vezes, aconselhável e pode dar bons resultados, embora temporários. Existem outros tipos de tratamento, aplicáveis a casos especiais.

Neuralgia

Mal caracterizado pela sensação de dor no trajeto de um nervo ou na parte do corpo inervada por ele, sem mudanças físicas correspondentes.
Distinguem-se numerosos tipos de neuralgia, conforme o nervo afetado. São especialmente propensos à irritação, com consequente dor, os intercostais que ocorrem entre as costelas, os do couro cabeludo e o ciático. O mais frequentemente afetado é o quinto nervo craniano, conhecido também por trigêmeo, que enerva a fronte, o rosto e a mandíbula e pode adquirir uma tal sensibilidade que uma corrente de ar frio no rosto ou ligeira pressão de dedo sobre ele baste para produzir dor aguda.
Nos casos graves de neuralgia, ou quando falha o tratamento clínico, uma intervenção cirúrgica, que destrua as raízes do nervo, proporcionaria alívio permanente com muitos riscos, mesmo para doentes idosos. Em toda neuralgia, o médico determinará primeiro a zona nervosa envolvida e em seguida tomará as medidas cabíveis para impedir que a sensação de dor percorra o trajeto do nervo correspondente. Para isto, pode empregar sedativos, injetar anestésicos locais ou álcool. O diagnóstico é mais difícil quando a sensação de dor tem origem psíquica, mais do que física.

Poliomelite

Inflamação das células do corno anterior da substância cinzenta da medula espinal. É causada por um vírus da paralisia infantil ou poliomielite, como é mais apropriadamente denominada, é um dos menores que se conhecem. O homem é afetado quase que exclusivamente, embora esses vírus possam atacar também os macacos.
A poliomelite existe sob três formas. Muitas pessoas sofrem de poliomielite sem sequer perceber o fato, tendo contraído uma forma leve, que as imuniza aos ataques posteriores. A poliomielite pode provocar apenas diarréia, mal-estar estomacal, resfrido ou dores musculares, que duram uns poucos dias. Esta se conhece como poliomielite abortiva. Se se apresenta uma paralisia temporária nos braços e pernas, a condição é conhecida como poliomielite não paralítica. A terceira forma - poliomielite paralítica - pode provocar danos permanentes ou mesmo a morte, se por acaso forem envolvidos no processo os músculos respiratórios.
As epidemias de poliomielite ocorrem geralmente durante os meses quentes, de julho a outubro nos Estados Unidos, e de fevereiro a abril, na Austrália, do outro lado da Terra. O vírus está presente no trato nasofaríngeo e no intestino, podendo propagar-se através dos espirros, tosse ou contaminação de água ou alimentos. Esta doença pode atacar tanto crianças como adultos. Os sintomas podem ser vagos, a princípio, incluindo febre, dor de cabeça, espasmos dos braços, pescoço, coxa e uma sensação de fraqueza.

O tratamento - que não é ainda totalmente satisfatório - consiste no exercitamento dos grupos de músculos atingidos para evitar sua atrofia por falta de uso, no emprego do pulmão de aço para que se processe a respiração quando os músculos respiratórios são atingidos, e noutras medidas de manutenção.
Inúmeras crianças tornaram-se inválidas permanentes em decorrência de um ataque de poliomielite. A cirurgia consegue corrigir, ainda que parcialmente, algumas de tais alterações.
A descoberta da vacina Salk (vírus mortos) e posteriormente a de Sabin (vírus vivos atenuados) constitui a salvação para as crianças e adultos. A vacina pode proporcionar imunização durante muitos anos, contra o vírus da poliomielite. É produzida por um processo que prevê o crescimento do vírus no tecido renal dos macacos.
O vírus é então atenuado ou morto, tornando-se inócuo para a injeção em seres humanos. Embora com vírus atenuado, a vacina pode provocar no organismo humano a reação que consiste na criação de substâncias resistentes, ou anticorpos, contra poliomielite.

Meningite

A meningite é uma inflamação nas membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal. Pode ser causada por diferentes microorganismos, como bactéria Neisséria meningitidis
( meningococo ), a mais contagiosa; o Haemophilus influenzae tipo B e o Diplococo pneumoniae ( pneumococo ). O contágio se dá pelas secreções da boca e nariz das pessoas contaminadas.

Sintomas - Febre alta, perda de apetite, convulsões, irritabilidade e rigidez na nuca.

Prevenção - As principais medidas preventivas são o isolamento dos doentes e a administração profilática de antibióticos. Para alguns tipos de meningite existe vacina.

Aumento dos casos - Durante os anos 80, a ocorrência das meningites respeitava um padrão endêmico. Nos anos 90 diminui a meningite meningocócica sorogrupo B e aumentam os casos provocados pelo sorogrupo C. Esses dois tipos afetam principalmente os Estados do Sul e Sudeste, regiões mais frias onde a concentração de pessoas em ambientes fechados facilita a propagação da doença. Dados provisórios do Ministério da Saúde para 1993 mostram que dos 22.470 casos de meningite, 46,2% são de região Sudeste; 22,4 % da região Nordeste e 5,9% da região Sul.

Vermes

Nome popular dos seres vivos pluricelulares pertencentes aos filos platelmintos e nematelmintos do reino Metazoa. Apresentam corpos tubulares alongados, que podem ser achatados (platelmintos) ou cilíndricos (nematelmintos). Alguns têm vida livre e vivem no mar, rios ou ambientes terrestres, e outros são parasitas, ou seja, vivem às custas dos animais hospedeiros. Os parasitas causam doenças infecciosas e parasitárias como ascaridíase, amarelão, cisticercose, esquistossomose e teníase ou solitária.
Platelmintos – Dividem-se em três classes – tuberlários, trematódeos e cestódeos – de acordo com o modo de vida (livre ou parasitária). Os tuberlários, como a planária (Dugesia tigrina), são seres de vida livre. Os trematódeos podem ser ectoparasitas (vivem externamente ao hospedeiro), como o Gyrodactylus, que habita as brânquias de certos peixes, ou endoparasitas (vivem e reproduzem-se no interior do hospedeiro). Exemplos de endoparasitas são a Fasciola hepatica, que habita o fígado do carneiro, e o Schistosoma mansoni, que causa a esquistossomose. No ciclo de vida de um trematódeo, os vermes adultos produzem ovos que são eliminados do hospedeiro definitivo (homem) e originam vários estágios larvais relacionados ao hospedeiro intermediário (molusco aquático). Os cestódeos são todos endoparasitas, como as tênias. As formas adultas da tênia produzem a teníase no hospedeiro definitivo (o homem) e as formas larvais são responsáveis pela cisticercose, na qual o homem serve como hospedeiro intermediário.
Nematelmintos – Os nematelmintos podem ter vida livre ou ser parasitas de plantas e animais. Neste caso, os vermes adultos habitam a cavidade intestinal do hospedeiro e produzem ovos, que eliminados pelas fezes contaminam a água e os alimentos. Em seu ciclo de vida não há hospedeiro intermediário. O nematelminto parasita mais conhecido é o Ascaris lumbricoides, a lombriga, que provoca a ascaridíase. Outros exemplos de nematelmintos são o Necator americanus e o Ancylostoma duodenale, que habitam o intestino humano e provocam a doença conhecida como amarelão.

Doenças infecciosas

Processos infecciosos causados por diferentes microrganismos – bactérias , fungos, protozoários , vermes e vírus – que penetram, se desenvolvem e se multiplicam no organismo humano. Quando o agente causador é um protozoário ou um verme, a doença infecciosa é chamada de parasitária.
Segundo seu aparecimento e evolução, as doenças infecciosas podem ser epidêmicas, endêmicas e pandêmicas. As doenças epidêmicas são aquelas com ocorrência de muitos casos num dado período e com tendência a desaparecer, como o dengue e a cólera. As endêmicas apresentam quantidade significativa de casos em certas regiões, como a malária na Amazônia. E as pandêmicas são as que têm muitos casos espalhados pelo planeta ou continente, como a Aids .
Uma parte das doenças infecciosas pode ser evitada com vacinas específicas e medidas de educação sanitária, como beber água fervida ou clorada e só comer verduras e legumes crus bem lavados.
Segundo o Ministério da Saúde, as doenças infecciosas e parasitárias foram responsáveis por 39.548 óbitos no país em 1995, o correspondente a 5,3% do total de mortes no ano.
Formas de contágio – As doenças infecciosas podem ser transmitidas por contato direto, indireto, por uma fonte comum contaminada ou por vetores (agentes que transmitem os microrganismos). Formas de contato direto são, por exemplo, muco ou gotículas de saliva expelidas ao tossir, espirrar ou falar. O contato indireto dá-se por vias como o uso compartilhado de determinados objetos. Fontes comuns contaminadas podem ser sangue (no caso de uma transfusão sanguínea), água e alimentos. Exemplos de vetores são mosquitos e caramujos. Várias doenças infecciosas têm mais de uma forma de contágio.
Parasitismo – Relação temporária entre seres de espécies diferentes, na qual um deles, o parasita, vive às custas do outro, o hospedeiro. Nessa associação, o parasita obtém alimento através do hospedeiro, que é prejudicado de alguma forma. Os parasitas mais comuns são os protozoários e os vermes. O parasitismo pode ser externo (ectoparasitismo), como piolhos, pulgas e carrapatos, ou interno (endoparasitismo), como protozoários e vermes.

Vírus

Ser vivo microscópico e acelular (não é composto por células) formado por uma molécula de ácido nucléico (DNA ou RNA), envolta por uma cápsula protéica. Apresenta-se sob diferentes formas: oval, esférica, cilíndrica, poliédrica ou de bastonete. Por ser incapaz de realizar todas as funções vitais, é sempre um parasita celular, ou seja, necessita de um animal, planta ou bactéria para multiplicar-se e desenvolver-se. Ao se reproduzir dentro de uma célula, acaba por lesá-la. Na reprodução, qualquer modificação no DNA provoca uma mutação, gerando novos tipos de vírus.
Grande parte das doenças infecciosas e parasitárias é causada por vírus, como a Aids , a catapora, a dengue, a rubéola e o sarampo. A transmissão pode ser feita pelo ar, por contato direto (gotículas de saliva ou muco) e indireto (utensílios, água e alimentos contaminados ou picada de animais). O tratamento de uma infecção viral geralmente é restrito apenas ao alívio dos sintomas, com o uso de analgésicos e antitérmicos para diminuir a dor de cabeça e reduzir a febre. Há poucas drogas que podem ser usadas no combate de uma infecção viral, pois ao destruírem o vírus acabam por destruir também a célula. Quase todas as doenças causadas por vírus podem ser prevenidas com vacinas.
A febre é um sintoma comum a todas as infecções virais. Outros sinais característicos presentes na maioria das infecções são dor de garganta, fadiga, calafrio, dor de cabeça e perda de apetite. Mas grande parte das doenças apresenta uma sintomatologia própria. Por exemplo, a manifestação de pequenas elevações eruptivas avermelhadas na pele caracteriza a rubéola e a catapora ou varicela. No sarampo, são comuns erupções na mucosa bucal e o surgimento de manchas avermelhadas na pele. A inflamação e o inchaço das glândulas salivares são sintomas específicos da caxumba. Na poliomielite ocorre rigidez da nuca e perturbações físicas que podem causar paralisia e atrofia de certas partes do corpo. Na febre amarela e na hepatite infecciosa viral há náuseas e vômitos.

Bactéria

Ser vivo unicelular e microscópico, pertencente ao Reino Monera. Assim como todos os seres deste grupo, é formada por uma célula procarionte (desprovida de membrana nuclear). Por não apresentar o envoltório protetor do núcleo, o material genético (cromatina), constituído por uma única molécula de DNA (ácido desoxirribonucléico), encontra-se disperso no citoplasma. Apresenta membrana plasmática recoberta e protegida pela parede celular, de consistência gelatinosa. As bactérias causam várias doenças infecciosas . A transmissão pode ser feita pelo ar ou por contato direto (gotículas de saliva ou muco) ou indireto.
As bactérias podem ser classificadas segundo a forma. As esféricas são chamadas cocos; as alongadas em forma de bastão são os bacilos; as espiriladas, espirilos; e as em formato de meia-espiral denominam-se vibriões. Algumas espécies, para melhor desenvolverem as funções de nutrição e proteção, podem apresentar-se em agrupamentos celulares (colônias). Os agrupamentos podem ser aos pares (diplococos), em forma de colar (estreptococos) ou de cacho de uva (estafilococos). Muito resistentes a variações de temperatura e também a agentes químicos, algumas bactérias apresentam filamentos móveis chamados flagelos, para a locomoção. A maioria das doenças causadas por bactérias é tratada com antibióticos, substância produzida por microrganismos (os mais comuns são os fungos) ou sintetizada em laboratório, capazes de impedir o crescimento ou mesmo destruir as bactérias. Porém, o tratamento nem sempre é eficaz, pois elas desenvolvem resistência contra determinados medicamentos, que perdem seu efeito.
Algumas espécies de bactérias podem provocar doenças fatais. É o caso da Staphylococcus aureus (causa infecções de pele) e da Streptococcus beta hemolíticos (causadora da escarlatina), que estimulam a superativação dos linfócitos , os glóbulos brancos responsáveis pela defesa do organismo. Ao produzirem grande quantidade de citosinas e óxido nítrico, causam um grave desequilíbrio na composição e circulação sanguínea , que pode resultar na morte do paciente. Este quadro clínico é conhecido como Síndrome da Reação Inflamatória Sistêmica (SIRS). Outros tipos, como a Escherichia coli (causadora de diarréia) e a Salmonella typhi (causadora da febre tifóide), que se alojam na região intestinal, podem atingir a circulação sanguínea e provocar uma infecção generalizada, que também pode levar à morte. Mas a maior parte das espécies de bactéria é benéfica ao homem. Elas são responsáveis, por exemplo, pela fixação do nitrogênio da atmosfera no solo, fundamental para o desenvolvimento das plantas. Também realizam a fermentação necessária para a fabricação de produtos como vinagres e queijos.

Vitaminas

Fundamentais para a manutenção dos processos biológicos vitais, as vitaminas só começaram a ser estudadas no início do século XX. Já bem antes, porém, sabia-se ser necessário incluir certos alimentos na dieta, para evitar algumas doenças.
Vitamina é um composto orgânico biologicamente ativo, necessário ao organismo em quantidades muito reduzidas para manter os processos vitais. Como as enzimas, representa um autêntico biocatalizador, que intervém em funções básicas dos seres vivos, como o metabolismo, o equilíbrio mineral do organismo e a conservação de certas estruturas e tecidos.
Características gerais. Nos séculos XVIII e XIX, várias observações empíricas demonstraram que existiam nos alimentos algumas substâncias que evitavam doenças como o beribéri e o escorbuto. Até o início do século XX, no entanto, não se comprovara a importância efetiva de tais compostos, a que em 1912 o químico polonês Casimir Funk chamou vitaminas. As vitaminas diferem entre si consideravelmente quanto a estrutura, propriedades químicas e biológicas e atuação no organismo.
A carência de vitaminas na dieta produz doenças graves, as avitaminoses, como o raquitismo, a nictalopia (cegueira noturna), a pelagra, diversas alterações no processo de coagulação do sangue e a esterilidade. Também a ingestão excessiva de vitaminas pode causar perturbações orgânicas, as hipervitaminoses.
As necessidades vitamínicas de um indivíduo variam de acordo com fatores como idade, clima, atividade que desenvolve e estresse a que é submetido. A quantidade de vitaminas presente nos alimentos também não é constante. Varia de acordo com a estação do ano em que a planta foi cultivada, o tipo de solo ou a forma de cozimento do alimento (a maior parte das vitaminas se altera quando submetida ao calor, à luz, ao passar pela água ou quando na presença de certas substâncias conservantes ou saporíferas).
As vitaminas receberam nomes científicos, mas são vulgarmente conhecidas por letras maiúsculas ou por um termo associado à doença produzida pela carência da vitamina no organismo. A vitamina A ou retinol, por exemplo, é chamada também antixeroftálmica. A classificação geral das vitaminas é feita de acordo com sua solubilidade em água ou gordura. As vitaminas hidrossolúveis são as que compõem o complexo vitamínico B (B1, B2, B6 e B12) e a vitamina C. As lipossolúveis compreendem as vitaminas A, D, E e K.
Vitaminas hidrossolúveis. As vitaminas solúveis em água são absorvidas pelo intestino e transportadas pelo sistema circulatório até os tecidos em que serão utilizadas. O grau de solubilidade varia de acordo com cada vitamina e influi no caminho que essa substância percorre no organismo. Quando ingeridas em excesso, as vitaminas hidrossolúveis são armazenadas até uma quantidade limitada nos tecidos orgânicos, mas a maior parte é secretada na urina.
A tiamina ou vitamina B1 é importante no metabolismo de alguns ácidos orgânicos. Sua carência provoca uma doença nervosa caracterizada por paralisia e insensibilidade, o beribéri. A B1 é encontrada em diversos alimentos, principalmente na casca do arroz. A vitamina B2, ou riboflavina, cumpre importante papel na chamada cadeia transportadora de elétrons, processo básico na respiração celular e na obtenção de energia por parte da célula. É abundante na levedura, nos ovos e no leite. Sua deficiência produz distúrbios visuais, fissuras nos lábios e inflamação da língua. A vitamina B6 intervêm no metabolismo dos aminoácidos e sua deficiência provoca insônia, irritabilidade, fraqueza, dor abdominal, dificuldade de andar e convulsões. São ricos em vitamina B6 (pirodoxina, piridoxamina e piridoxal) alimentos como cereais integrais, legumes e leite.
A cobalamina (vitamina B12), presente principalmente na carne de fígado, está associada à maturação dos glóbulos vermelhos no sangue. A carência dessa vitamina se traduz em anemia pronunciada, a chamada anemia perniciosa. A vitamina PP, também chamada niacina ou ácido nicotínico, também é um dos elementos do complexo B. Sua carência causa a pelagra, doença que se caracteriza por erupções na pele, além de distúrbios neurológicos e gastrintestinais.
A vitamina C ou ácido ascórbico é abundante nas frutas cítricas e vegetais verdes. Suas funções no organismo são múltiplas: participa da síntese do colágeno (proteína importante na formação da pele saudável, tendões, ossos e tecidos de sustentação e na cicatrização de feridas); da manutenção das paredes dos vasos sangüíneos; do metabolismo de alguns aminoácidos; e da síntese ou liberação de hormônios da glândula supra-renal. Sua deficiência produz o escorbuto, doença caracterizada por lesões nas gengivas, queda de dentes e hemorragias por todo o corpo, que podem levar à morte. A hipótese de que a vitamina C ajuda a prevenir ou mesmo curar certas doenças (como o resfriado comum ou algumas doenças malignas e infecciosas) continua a ser pesquisada, mas sem nenhum dado científico que a comprove.
Vitaminas lipossolúveis. As vitaminas solúveis em gorduras são absorvidas no intestino humano com a ajuda de sais biliares segregados pelo fígado. O sistema linfático as transporta a diferentes partes do organismo. O corpo pode armazenar uma quantidade maior de vitaminas lipossolúveis do que de hidrossolúveis. As vitaminas A e D são armazenadas sobretudo no fígado e a E nos tecidos gordurosos e, em menor escala, nos órgãos reprodutores. O organismo consegue armazenar pouca quantidade de vitamina K. Ingeridas em excesso, algumas vitaminas hidrossolúveis podem alcançar níveis tóxicos no interior do organismo.
A vitamina A é encontrada na gema do ovo, na manteiga e nas carnes de fígado e de peixes. Não está presente nas plantas, mas muitas verduras e frutas contêm alguns tipos de pigmentos (como o betacaroteno), que o organismo pode converter em vitamina A. A cenoura, por exemplo, é excelente fonte de betacaroteno. A vitamina A é fundamental para a visão e sua carência produz, entre outras doenças, o ressecamento da córnea e da conjuntiva do olho (xeroftalmia) e a ceratomalácia (amolecimento da córnea, com infiltração e ulceração), além de sérios problemas gastrintestinais.
A hipervitaminose A é caracterizada por diversos sintomas, como náusea, alterações do cabelo (que ficam ásperos e caem facilmente), ressecamento e escamação da pele, dor nos ossos, fadiga e sonolência. Também são comuns problemas de visão, dores de cabeça, distúrbios de crescimento e aumento do fígado.
A vitamina D pode ser obtida do óleo de fígado de bacalhau e também pela ação da luz ultravioleta sobre alguns esteróis. Os mais importantes desses esteróis são o 7-diidrocolesterol, formado por processos metabólicos animais, e o ergosterol (presente em óleos vegetais). A ação da luz solar converte essas duas substâncias em colecalciferol (vitamina D3) e ergocalciferol (vitamina D2), respectivamente. As duas participam dos processos de absorção do cálcio na corrente sangüínea e de formação dos ossos. Sua carência causa o raquitismo, em crianças, e a osteomalácia, em adultos, principalmente mulheres. A hipervitaminose D pode provocar fraqueza, fadiga, perda de apetite, náusea e vômitos.
Chamada também tocoferol, a vitamina E ocorre no gérmen de trigo, na gema de ovo, em verduras e legumes. Atua no organismo como um inibidor dos processos de oxidação em tecidos orgânicos. Protege as gorduras insaturadas da oxidação por peróxidos ou outros radicais livres.
A vitamina K é a naftoquinona encontrada nas folhas das plantas. Suas fontes mais abundantes são o óleo de soja, o espinafre e a couve. É necessária na síntese orgânica de quatro fatores de coagulação do sangue: protrombina e fatores VII, IX e X. A deficiência de vitamina K no organismo prolonga o tempo de coagulação do sangue e pode causar hemorragias internas.

Drogas

As drogas são produtos químicos que se usam no tratamento ou prevenção de doenças ou deficiências dos seres vivos. Os remédios são feitos com drogas. Podem ser administradas por via oral, pela respiração, por meio de injeções intradérmicas, intramusculares ou venosas, por absorção através da pele ou das mucosas, por enemas.
O estudo científico da ação das drogas começou há muitos anos; chama-se Farmacologia. Cada droga deve ser bem conhecida e experimentada, antes de ser usada com propósitos medicinais. Algumas drogas agem sobre certo órgãos do corpo, enquanto outras agem sobre organismos causadores de doenças. Se uma pessoa adicionasse bicarbonato de sódio a uma solução de ácido clorídrico, contida num copo, obteria uma solução neutra. Esta é a mesma reação que provoca o bicarbonato de sódio, em presença do ácido clorídrico que existe no estômago.
A ação de algumas drogas é o resultado de efeitos físicos ou químicos. Esta ação depende da absorção das drogas e sua passagem para a corrente sangüínea. O sangue as transporta para os diferentes tecidos do corpo, onde se produz a reação. É difícil determinar a ação de algumas destas drogas. O médico e o cientista devem saber de quanto tempo a droga precisa para agir, qual a quantidade necessária para produzir o resultado desejado. Também, deve saber como o corpo elimina a droga. Há drogas que mudam a cor das fezes ou da urina. São poucas as que se eliminam pela saliva, através da pele, ou por meio do aparelho respiratório.
As drogas se obtêm das plantas, dos microrganismos, de outros animais e de produtos químicos naturais ou artificialmente fabricados. A digitalina, droga usada no tratamento da insuficiência cardíaca, é retirada da folha seca da dedaleira (Digitalis purpurea). A vacina para a varíola é obtida do vitelo inoculado com o vírus vacínico, ou a partir do cultivo do vírus em ovo embrionado de galinha.
As drogas que se obtêm de processo metabólico dos microrganismo e que são eficientes na destruição de outros organismo, chamam-se antibióticos. Os antibióticos podem classificar-se como de espectro amplo ou espectro estreito. As drogas de espectro amplo são eficazes contra grande número de organismo, como as tetraciclinas. A penicilina é uma droga de espectro estreito, já que só atua sobre os agentes causadores de algumas doenças.
As drogas podem agir localmente ou em forma generalizada. Quando aplicamos creme para suavizar a pele das mãos irritadas, a ação se processa localmente. A aspirina é uma droga que tem ação geral. Algumas drogas, como a cafeína e a adrenalina, aceleram o funcionamento dos órgãos. Estas se chamam estimulantes. Drogas como a morfina e o fenobarbital tornam mais lento o funcionamento dos órgãos; chama-se depressores. As pílulas para dormir são depressoras e uma dose exagerada pode provocar estado de coma.
Nenhuma droga deve ser usada sem prescrição médica.
Certas pessoas se acostumam a tomar drogas. O corpo das pessoas, normalmente, não depende de drogas e é possível então quebrar esse hábito sem muito esforço. Algumas, porém, chegam a depender tanto delas, que é muito difícil abandonar o costume de tomá-las. As doenças provocadas pelas drogas chamam-se farmacogênitas ou farmacoses.

A célula

A célula é a unidade básicade todos os seres vivos e, portanto, também do homem. Ela funciona como uma complicada máquina, realizando e dirigindo todas as funções vitais. Suas partes fundamentais são a membrana celular, ocitoplasma e o núcleo.
A membrana celular é uma película que envolve e protege a célula. Ela tem tambem a função importante na entrada de substâncias na célula e na saída de substâncias na célula.
O citoplasma é a maior porção da célula, compreendida entre a membrana e o núcleo. Seu componente mais abundante é a água. Nele encontram-se corpúsculos, que são os “ógãos” da célula, por isso denominados organelas.
Entre elas destacam-se:
1. Retículo endoplasmatico: Sistema de canais por onde circulam materias e ocorre reações químicas importantes;
2. Mitocôdrias: Conhecidas como “centrais de energia” da célula, pois é nela que ocrre a conversão de glicose em energia;
3. Ribossomos: Associados em grande parte às membranas do retículo endoplasmático e responsáveis pela síntese de proteínas;
4. Complexo de Golgi: É a organela que tem a função de secreção celular;
5. Lisossomos: Estruturas típicas das células animais, encarregadas da digestão celular.
O núcleo funciona como centro de controle da célula; nele encotram-se os cromossomos,que representam o material genético do índividuo.
O núcleo é limitado externamente por uma película fina, elástica e viscosa, denominada membrana nuclear ou carioteca. Quando distendida , permanece deformada por alguns minutos antes de retornar a posição primitiva e, ao contrário da menbrana plasmática, não regenera quando lesada.
A membrana do núcleo do ovócito de anf’bio é constituído por duas camadas. A camada mais interna é contínua, aparentemente homogênea e a externa contêm póros de 400 angstron de diâmetro.

O que é o Antrax?

O bacilluss anthracis foi a primeira bactéria que se demostrou poder causar uma doença. Em 1877, Robert Koch colheu o organismo de uma cultura, demostrando a sua habilidade de formas endosporos, e produziu antrax experimental, através da injectam desses esporos num animal.

Antrax é uma doença natural que ocorre em animais que se alimentam de plantas (gado, viados, etc.) causada pela bactéria Bacillus anthracis

Antrax é uma doença aguda infecciosa causada pelos esporos Bacillus anthracis.

Os esporos do Antrax permanecem viáveis durante várias décadas sob determinadas condições.

Cada grama de Antrax é capaz de produzir 100 milhões de doses mortais individuais (é 100,000 vezes mais mortífero que a mais poderosa arma química)

Morta de forma silenciosa e invisível

A inalação de Antrax é praticamente sinónimo de morte a curto prazo.

Os humanos podem contrair antrax por três vias:

Através de cortes na pele resultantes de contacto com animais contaminados, levando a uma infecção local ou sistémica.


Através da inalação de esporos resultando numa infecção nos pulmões.


Por ingestão de comida contaminada, resultando numa infecção gastrointestinal (antrax gastrointestinal). Este tipo de contaminação não é normalmente considerada uma ameaça para as forças militares.

Quais os sintomas?

Os sintomas de antrax começam depois de 1 a 6 dias de incubação, dependendo do tipo de contagio.


Cutâneo: A maior percentagem (95%) da infecção do antrax ocorre quando a bactéria entra num golpe ou uma raspadura na pele, quando em contacto com madeira, couro, cabedal, lã, ou animais contaminados. A infecção na pele começa com um inchaço, semelhante a uma mordidela de insecto, no entanto ao fim de dois dias torna-se uma ulcera não dolorosa, normalmente com 1 a 3 cm de diâmetro, com uma zona negra constituída por tecido morto no centro. Os glândulos linfáticos da zona adjacente podem inchar. Seca de 20% dos casos não tratados de antrax cutâneo resultam na morte. No entanto com uma terapia apropria as mortes são raras.

Abortamento ou Aborto

Interrupção da gravidez antes que o feto alcance a fase da viabilidade. Pode ser espontâneo ou provocado.

Ao longo do tempo e principalmente em fins do século XX, declinou a incidência do abortamento em sua forma espontânea, ao mesmo tempo em que a descriminalização do abortamento provocado era um dos problemas que maiores controvérsias provocavam em muitos países. Em lugar de abortamento, é comum o uso do termo aborto, que, a rigor, designa o próprio feto morto em conseqüência de sua expulsão do útero.
Abortamento é a interrupção da gravidez antes que o feto se torne viável, ou seja, antes que tenha condições de vida extra-uterina. A viabilidade é usualmente definida em termos de duração de gravidez e/ou peso do feto. Tradicionalmente, considerava-se que ocorria abortamento quando o feto era expulso com menos de 28 semanas de gestação e pesando menos de um quilo. Só além desses limites haveria nascimento prematuro. No entanto, os avanços científicos reduziram progressivamente esses limites, em particular mediante o aperfeiçoamento dos métodos de tratamento intensivo dos prematuros.
Uma das grandes conquistas da medicina moderna é a drástica redução nos índices de abortamento espontâneo, graças sobretudo a uma política preventiva. A instituição do acompanhamento pré-natal, em que periodicamente se avaliam aspectos da saúde da mãe, importantes para o desenvolvimento do feto, tem papel central nessa política. O pré-natal abrange também recomendações dietéticas, exercícios físicos e todo um trabalho de esclarecimento e apoio emocional à gestante.
Do ponto de vista de sua causa, classifica-se o abortamento em dois tipos principais: espontâneo e provocado. Entende-se por espontâneo o abortamento ocorrido em conseqüência de causas naturais. Quando resulta de ato deliberado da própria gestante ou de outra pessoa, diz-se provocado.
Abortamento espontâneo. São numerosas as causas ditas naturais do abortamento. Uma delas é a implantação do óvulo fecundado em pontos anormais do corpo da mulher. É o que ocorre na gravidez ectópica -- tubária (ou falopiana), ovariana, abdominal e cervical. No primeiro caso, o óvulo implanta-se na trompa; no segundo, dentro de um folículo (pequena cavidade) ovariano; no terceiro, na cavidade peritoneal; no último, no canal cervical. É muito raro a implantação ocorrer inicialmente na cavidade peritoneal. Mais comumente, verifica-se uma implantação original tubária a que se segue ruptura de tecido e posterior implantação abdominal.
O abortamento espontâneo pode decorrer também de fatores genéticos. Sua influência foi comprovada mediante estudos cromossômicos de tecidos embrionários, que indicaram alterações incompatíveis com o desenvolvimento intra-uterino normal. Tais fatores podem ser transmitidos quer pelo pai quer pela mãe e podem explicar casos do chamado aborto habitual, caracterizado pela ocorrência de três ou mais abortamentos espontâneos consecutivos em uma mulher.
Os principais sintomas do abortamento espontâneo são dores no baixo ventre e perda de sangue. As dores são causadas pelas contrações com que o organismo tenta expulsar o óvulo. Ao fim do processo, essas dores tornam-se cólicas fortes. A intensidade da hemorragia depende da extensão da superfície de descolamento provocado na parede do útero.
A morte do feto pode ser causada igualmente por doenças infecciosas contraídas pela mãe. Caso típico é o da rubéola, que aumenta as probabilidades de abortamento espontâneo e pode causar malformações congênitas na criança. Por essa razão, alguns médicos recomendam o abortamento provocado quando a mãe contrai rubéola.
Fatores químicos também podem causar ou contribuir para o abortamento espontâneo. As substâncias químicas ingeridas pela mãe, seja com medicamentos ou sob outras formas, podem passar para o feto através da placenta. Algumas dessas substâncias causam malformações ou morte do feto. Um exemplo dramático foi o da talidomida, droga hipnótica muito usada na década de 1960; se tomada pela mãe no início da gravidez, podia causar focomelia e outras malformações. A focomelia é o desenvolvimento defeituoso dos braços ou pernas, ou ambos, de modo que pés e mãos ficam ligados ao corpo da criança, lembrando barbatanas de foca.
Outro risco reside nas radiações, inclusive os raios X, que podem causar morte ou alterações do feto. Embora não haja registro de abortamentos resultantes do uso dos raios X como instrumento de diagnóstico, seus efeitos nocivos potenciais contribuem para explicar a rápida popularização da ultra-sonografia. Essa técnica permite formar imagens do interior do corpo com o emprego de sons com freqüência superior a vinte mil hertz. São relativamente raros os casos constatados de abortamento em conseqüência de acidentes, como quedas, que provoquem traumatismos. O corpo da mulher protege muito bem o feto contra choques e são comuns os casos de crianças que nascem ilesas de mães que foram vítimas de acidentes graves durante a gravidez.
Abortamento provocado. A forma de encarar o abortamento provocado variou muito ao longo do tempo e de cultura para cultura e essas diferentes atitudes se refletiram em tratamentos jurídicos igualmente variados. Na antiguidade, registraram-se ordenamentos jurídicos indiferentes a essa questão, outros que puniam danos causados à gestante por terceiros quando estes lhe provocavam abortamento, sem no entanto punir o próprio abortamento, e ainda os que puniam quem provocava abortamento, por privar o pai da descendência de seu interesse -- também nesse caso sem punir o próprio abortamento.
O cristianismo, que equiparou o feto ao ser humano, inspirou legislações radicalmente contrárias ao abortamento. Algumas chegaram a equipará-lo ao homicídio. Foi este o entendimento de alguns estados americanos em relação ao abortamento do feto viável, entendido como aquele que, a critério do médico encarregado do caso, tivesse razoável probabilidade de sobrevivência extra-uterina, com ou sem ajuda de recursos artificiais. Originadas sob inspiração cristã, as legislações contrárias ao abortamento sempre contaram com o apoio de diferentes igrejas, que se opuseram tenazmente a todas as tentativas de legalizá-lo.
A proibição do abortamento teve suas exceções. Uma delas foi o chamado abortamento terapêutico, que é aquele recomendado por médicos como recurso extremo para salvar a vida da mãe. Na prática, tornou-se caso raro. Uma variedade do abortamento terapêutico, também conhecida como abortamento eugênico, é a que visa inviabilizar feto com alta probabilidade de apresentar defeitos congênitos. Isso ocorre, por exemplo, quando a mãe contrai determinadas infecções ou ingere certos tipos de substâncias.
A vasta transformação das idéias e dos costumes que se operou na segunda metade do século XX em grande parte do mundo, principalmente o industrializado, levou a novas posturas, baseadas no entendimento de que a mulher tem o direito de controlar o próprio corpo e, portanto, deveria ser livre para decidir a interrupção da gravidez. Esta posição, relacionada com as lutas das mulheres por seus direitos, veio a prevalecer em várias legislações.
Outro argumento em favor da legalização do abortamento eram os riscos a que se expunham as mulheres, à mercê de profissionais mal preparados e clínicas clandestinas, que operavam à margem dos controles das autoridades sanitárias. Esse problema era particularmente grave entre as populações de menores recursos, com índices alarmantes de mortes em conseqüência de abortamento.
Como toda intervenção cirúrgica, o abortamento, praticado em condições deficientes, às vezes acarreta vários problemas. O mais grave é a perfuração uterina, que pode causar peritonite (inflamação do peritônio, membrana que reveste o abdome) e morte. Outro risco grave é a hemorragia profusa, capaz de causar choque. E, finalmente, há uma série de infecções que, a depender das circunstâncias, podem se revelar graves e até mortais.
Em mulher suscetível, a interrupção da gravidez pode precipitar uma reação psiconeurótica ou mesmo psicótica grave. Para alguns psiquiatras, cada aborto é uma experiência carregada de riscos sérios para a saúde mental. A Igreja Católica sempre se colocou radicalmente contra a prática do abortamento, mesmo nos casos chamados terapêuticos, e a moderna doutrina católica considera que é por ocasião da fecundação que o novo ser adquire vida (alma).
Direito brasileiro. O código penal do Brasil prevê seis tipos de abortamento: o autoprovocado; o consentido; o provocado por terceiro sem consentimento da gestante; idem com o consentimento; o qualificado; e o legal.
No abortamento autoprovocado, que é punível, tem de estar presente o dolo. No consentido, a gestante não o pratica em si mesma, mas consente que outrem o faça; aquele que provoca o abortamento responde por pena mais severa que a da gestante e a pena para esta, em ambos os casos, é de detenção de um a três anos, cabendo ao júri o julgamento.
O abortamento provocado por terceiro, sem consentimento da gestante, comporta duas formas: não-concordância real, onde há violência grave, ameaça ou fraude e não-concordância presumida, caso da menor de 14 anos, alienada ou débil mental. A pena para o agente provocador é a de reclusão de três a dez anos. No caso de haver consentimento na prática do aborto, responde a gestante por crime previsto no crime de auto-abortamento, enquanto que o terceiro será punido com a pena de reclusão de um a quatro anos.
O abortamento qualificado é aquele de que resulte morte ou lesão. A pena é aumentada de um terço, se a lesão for grave, ou duplicada, se resultar a morte. O abortamento legal comporta duas formas: o terapêutico e o sentimental, ético ou humanitário, quando a gravidez resulta de estupro. Em ambos os casos, é impunível.